Duração do processo de decisão, incerteza e risco na prática antitruste:

a Autoridade da Concorrência joga dados?

Autores

  • Rubens Nunes

Palavras-chave:

experimento realizado, Skinner, século passado

Resumo

Em experimento realizado recentemente, ratos foram estimulados para distinguir silvos longos e silvos breves, acionando
em cada caso uma determinada alavanca, o que lhes daria comida farta em caso de acerto, e fome se não acertassem. Até aí, nada de novo em relação aos experimentos sobre condicionamento operante conduzidos por Skinner em meados do século passado. O que torna o experimento interessante são duas novidades. A duração dos silvos era variável, tornando-se por vezes difícil distinguir um breve silvo longo de um longo silvo breve. A segunda inovação é que os ratos poderiam optar por não responder ao teste, recebendo com certeza uma pequena quantidade de comida, um prêmio de consolação. O experimento mostrou que os ratos não só aprendiam rapidamente as regras do jogo, como também se revelaram capazes de reflexão sobre o grau de segurança de seu conhecimento, optando pelo prêmio de consolação nos casos em que o silvo era difícil de classificar, e buscando avidamente o prêmio grande nos casos em que a resposta certa lhes parecia fácil. Para decidir qual alavanca apertar, o rato precisa saber distinguir a duração do silvo. A habilidade para aceitar ou recusar o esafio é de outra ordem, dependendo de um juízo sobre a confiabilidade do conhecimento.

Biografia do Autor

Rubens Nunes

Economista, Professor Doutor da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo –
Campus de Pirassununga, Assessor do Cade.

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Publicado

2021-05-19