Eficiência e ideologia: inovação, desigualdade e o custo dos erros na tecnocracia antitruste.

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Bruno Braz de Castro

Resumo

A pretensa neutralidade política do critério de eficiência econômica – apresentado como objetivo normativo apto a viabilizar uma implementação tecnocrática do antitruste ao redor do mundo – representa, em verdade, a invisibilização de sua ideologia. O presente artigo evidencia as opções políticas subjacentes: (i) à formulação do critério da eficiência, evidenciando quais valores econômicos positivos e negativos são associados à concentração econômica; (ii) à implementação do modelo, já que, não obstante seu aspecto técnico, a interpretação e aplicação do modelo da eficiência depende de presunções simplistas sobre o funcionamento da economia, derivadas de escolhas políticas dos formuladores/aplicadores da lei (em especial, a avaliação sobre os custos de erros como falsas condenações e falsas absolvições). Conclui-se que compreender tais escolhas políticas é fundamental à avaliação da compatibilidade do transplante de modelos estrangeiros para convergência internacional do direito da concorrência.

Detalhes do artigo

Seção
Revista de Defesa da Concorrência
Biografia do Autor

Bruno Braz de Castro

Doutor (2017), Mestre (2012) em Direito Econômico pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)